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Atualizado em 16 de novembro de 2018 por Celso de Sá

O Poder do Hábito: Resumo Completo

O Poder do Hábito é considerado um dos melhores livros da atualidade…

Esse livro é para dois tipos de pessoas:

Pessoas que querem usar métodos cientificamente comprovados para melhorar sua vida e ajudar outros a fazerem o mesmo.

E para quem quer ganhar dinheiro por aprender a persuadir os hábitos das pessoas.

Esse livro é bom assim. Por isso ele está entre os Melhores Livros de Desenvolvimento Pessoal e Profissional.

O Poder do Hábito (Charles Duhigg)
Charles Duhigg
Psicologia Cognitiva, Comportamental; Desenvolvimento Pessoal E Profissional
408 páginas
Preço na Saraiva
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*10x sem juros no Cartão

Você pode comprar o Poder do Hábito aqui.

Quem escreveu O Poder do Hábito?

Charles Duhigg é um jornalista ganhador do prêmio Pulitzer, pelo New York Times. Além de O Poder do Hábito, ele também é o autor de Mais Rápido e Melhor, sobre a ciência da produtividade.

Você vai aprender no livro O Poder do Hábito:

resumo do livro o poder do hábito

  • Hábitos envolvem a sequência “deixa-rotina-recompensa” que se repete e economiza esforço mental.
  • Hábitos persistem porque eles criam desejo.
  • Para mudar um hábito, substitua uma rotina por outra e acredite na mudança.
  • Você vai conseguir mudar por se focar em hábitos angulares e pequenas conquistas.
  • Força de Vontade é o mais importante hábito angulares.
  • Hábitos organizacionais podem ser perigosos, mas uma crise pode mudá-los.
  • Empresas se aproveitam de hábitos das pessoas para fazer marketing.
  • Movimentos sociais nascem de fortes laços, pressão social e novos hábitos.
  • Você é responsável por mudar seus hábitos.

PARTE UM: OS HÁBITOS DOS INDIVÍDUOS

CAPÍTULO 1: O LOOP DO HÁBITO (Como os Hábitos Funcionam)

O Poder do Hábito começa com a história de Eugene Pauly, um homem de 71 anos de idade que perdeu do seu cérebro (lobo medial temporal) porque sofreu uma encefalite. O resto do cérebro de Eugene continuou perfeitamente intacto, e ele não tinha problema nenhum em se lembrar do qualquer coisa antes de 1960.

Mas sofria de total perda de memória recente, o que o impedia de lembrar de qualquer coisa por mais de um minuto. Eugene não tinha nenhuma lembrança dos seus netos, e não conseguia dizer onde a cozinha ou o seu quarto estavam, mesmo quando ele estava em sua própria casa.

Então algo inesperado aconteceu.

Em um esforço para fazer Eugene se exercitar, sua esposa começou a levá-lo para dar uma volta ao redor da quadra todo dia. Ela ficou assustada certo dia quando ele desapareceu de casa. Contudo, 15 minutos depois ele estava de volta. Ele foi fazer a caminhada sozinho!

Mas como? Ele não conseguia desenhar nem mesmo um mapa da sua quadra, nem mesmo dizer aonde sua casa era, mas ele começou a fazer essa caminhada ao redor da quadra todo dia…

Eugene demonstrou o que os cientistas suspeitavam, mas ainda não tinham provado:

Os hábitos são formados e operados inteiramente de forma separada da parte do cérebro responsável pela memória. Mais tarde teste confirmaram que o que nós aprendemos e fazemos escolhas inconscientes sem termos que nos lembrar sobre das lições e das decisões.

E aqui está o porquê:

Seu cérebro está constantemente procurando novas maneiras de economizar esforço, e está sempre quebrando pequenas sequências (loops) de ações em rotinas automáticas. Sair da garagem, por exemplo, requer vários tipos de ações, mas muitos de nós fazemos isso sem precisar pensar muito.

Os hábitos funcionam em três estágios fechados:

1. Deixa. Um gatilho que quando acionado diz ao seu cérebro para entrar em modo automático, e qual rotina usar.
2. Rotina. Um comportamento físico, mental ou emocional que se inicia com a deixa.
3. Recompensa. Um estímulo positivo que diz ao seu cérebro que a rotina funciona bem, e que vale a pena continuar seguindo-a.

Entender como os hábitos funcionam torna-os muito mais fácil de controlá-los. Por prestar atenção às deixas e recompensas, nós conseguimos mudar as rotinas.

CAPÍTULO 2: O CÉREBRO ANSIOSO (Como Criar Novos Hábitos)

Pode surpreender você o fato de que nos Estados Unidos do início do século 20, dificilmente alguém escovava os dentes.

Na verdade, tantos recrutas da Primeira Guerra Mundial tinham dentes podres que o oficiais do governo americano declaram que a má higiene dental era um risco para a segurança nacional. Tudo mudou quando um gênio do marketing Claude Hopkins foi convencido por um velho amigo a usar suas habilidades para fazer a publicidade da pasta de dente de Hawking.

Claude era o homem responsável por tornar produtos desconhecidos, como os pneus Goodyear e Aveia Quaker, e torná-los comuns nos lares americanos.

Como ele fazia isso?

Sua marca era a estratégia de se aproveitar do poder do hábito das pessoas por ligar o produto a um gatilho específico, não importava quão absurda era a conexão. A Aveia Quaker, por exemplo, deve o seu sucesso por Claude ter convencido as pessoas de que ela provê 24 horas de energia – mas só se você comesse uma tigela toda manhã.

E como ele convenceu os Americanos a escovarem os dentes?

Claude escolheu uma deixa que tornou a pasta de dentes em um hábito nacional. A sua publicidade dizia:

“Passe sua língua no seu dente. Você vai sentir uma crosta – isso é o que faz o seu dente ficar com a ‘cor feia’ e faz o dente apodrecer.”

Depois de dar a deixa para as pessoas, ele continuou com imagens de lindos sorrisos brancos e disse:

“Perceba quantos dentes bonitos vemos por todo o lado. Milhões estão usando um novo método de limpeza dental. Porque algum mulher deveria ter uma crosta no seu dente? Pepsodent remove a crosta!”

A alegação era falsa. A “crosta” é uma membrana que ocorre naturalmente, e a pasta de dente não faz nada para removê-la. No entanto, essa deixa era universal e óbvia, fez as pessoas passarem a língua nos seus dentes, procurando pela crosta (como você deve estar fazendo agora).

Então Claude conseguiu o que queria:

Elas fizeram a conexão dessa crosta com a recompensa (dentes bonitos).

Qual foi o resultado?

Dentro de uma década o hábito de usar pasta de dente passou de 7% da população para 65%.

Como essa mudança funciona?

O cérebro começa a desenvolver um forte desejo pela recompensa no final da sequência. Estudos com animais mostram que quando eles ficam acostumados com o hábito da deixa-rotina-recompensa, o cérebros deles começam antecipar a recompensa – mesmo antes de eles a conseguirem. E quando els começam a ter desejo por ela, negar a recompensa faz com que eles fiquem frustrados.

CAPÍTULO 3: A REGRA DE OURO DA MUDANÇA DE HÁBITO (Por que a Transformação Acontece)

Tony Dungy virou o jogo do treinamento de Futebol Americano com uma abordagem contra-intuitiva:

Ao invés de ele tentar ser melhor que seus oponentes com livros de táticas maiores e esquemas complexos, Tony treinou seu time em somente algumas jogadas. Ele fez tudo o que podia para que seu time parasse de pensar e reagisse pelo poder do hábito.

Tony sabia que hábitos dificilmente podem ser mudados. Em vez disso, um habito só pode ser mudado se uma nova rotina for inserida no processo com a mesma recompensa.

Ele treinou seu time para automaticamente ligar as deixas que eles já conheciam para diferentes rotinas de campo:

As que envolviam menos complexidade, menos escolhas e mais reações subconscientes.

Com essa abordagem, Tony transformou até agora dois times ruins em campeões.

Então o truque para mudar um hábito é reagir ao desejo. Mas com algo diferente. Esta é a regra de ouro da mudança de hábitos:

Não resista ao desejo, redirecione-o. Mantenha as mesmas deixas e recompensas, mas mude a rotina que ocorre como resultado do desejo.

Talvez um dos mais famosos exemplos de mudança de hábitos seja os 12 passos do programa dos Alcoólicos Anônimos (AA). Os AA inserem uma nova rotina no entre a deixa e a recompensa por identificar a necessidade que o álcool está suprindo (escape, companhia, alívio de ansiedade, etc…) e providenciando o mesmo tipo de alívio por meio do grupo dos AA.

Apesar desse sistema funcionar bem em geral, situações estressantes podem causar recaídas.

Então o que é que pode estar faltando?

Pesquisas indicam que o componente que faz a diferença entre as recaídas e a sobriedade é crença. A crença em Deus ajuda os participantes a também acreditas na mudança que eles podem fazer, o que os tornam mais fortes em face de situações estressantes.

PARTE DOIS: OS HÁBITOS DE ORGANIZAÇÕES BEM-SUCEDIDAS

CAPÍTULO 4: HÁBITOS ANGULARES, OU A BALADA DE PAUL O’NEILL (Quais Hábitos Importam Mais)

Quando Paul O’Neill, ex-funcionário do governo, se tornou o CEO de uma das 500 empresas mais ricas dos Estados Unidos, Alcoa, os investidores ficaram preocupados.

Porquê?

O’Neil disse que a sua preocupação número um era a segurança do trabalho.

Um dos investidores ligou imediatamente para seus clientes e disse:

“A diretoria colocou um hippie doido no comando e ele vai acabar com a empresa.”

Contudo O’Neill teve grande sucesso, e o seu objetivo de trazer mais segurança para empresa causou uma reação em cadeia. Quando ele se aposentou onze anos depois, o lucro da Alcoa aumentou 500% e o seu mercado aumentou em 27 bilhões de dólares.

Quando O’Neill assumiu a função, a Alcoa era criticada pela baixa qualidade e lentidão dos seus empregados. Ele disse:

“Eu sabia que eu tinha que transformar a Alcoa, mas você não pode mandar as pessoas mudarem. Não é assim que o cérebro funciona.”

O que ele O’Neill fez para causar a mudança?

Ele continua:

“Eu decidi que eu iria começar focando em uma coisa só. Se eu conseguisse mudar os hábitos ao redor de uma coisa só, isso se espalharia através de toda a empresa.”

O’Neil se aproveitou do poder dos hábitos angulares. Esses hábitos são importantes porque eles causam uma reação em cadeia de mudanças. Essas mudanças por sua vez se espalham para outras áreas.

Qual foi o resultado?

Sempre que acontecia algum acidente de trabalho (deixa), a unidade responsável tinha que providenciar a O’Neil com um relatório do acidente junto com um plano de ação para garantir que esse tipo de acidente não aconteceria novamente, dentro de 24 horas (rotina). As promoções no trabalho aconteciam em resultado do apoio a esse sistema (recompensa).

A razão desses hábitos angulares funcionarem é que eles geram pequenas vitórias, o que significa que pequenos sucessos são fáceis de conseguir.

Conseguir dominar um hábito angular ajuda você a acreditar que mudanças em outras áreas da vida são possíveis, também, gerando uma cascata de mudanças positivas.

CAPÍTULO 5: STARBUCKS E O HÁBITO DO SUCESSO (Quando a Força de Vontade Se Torna Automática)

Os cientistas já sabem por muitos anos que a Força de Vontade é um ingrediente essencial para o sucesso. Mais do que a inteligência.

Isso foi provado pelo Teste do Marshmallow…

Em um famoso estudo da Universidade Standford nos anos 60, pesquisadores colocaram crianças de 4 anos de idade sentados numa mesa com um único marshmallow na sua frente. Os pesquisadores disseram que elas poderiam comer aquele marshmallow imediatamente, ou esperar 15 minutos e ganhar outro marshmallow.

Esse vídeo divertido abaixo é uma versão moderna desse teste:

Os pesquisadores continuaram tendo contato com as crianças do estudo e descobriram ao longo dos anos que as crianças que conseguiram manter o autodomínio por 15 minutos e ganhar o outro marshmallow tiraram melhores notas na escola, foram melhor na faculdade, tinha menos chance de usar drogas e eram mais populares.

Mas a boa notícia é que a Força de Vontade é como um músculo:

Ela pode ser fortalecida.

Mas como?

Por focar em hábitos que exigem determinação, você pode fortalecer sua Força de Vontade e usar o poder desse hábito. É como malhar a Força de Vontade na academia da mente.

Outras fatores podem afetar a Força de Vontade.

Por exemplo, Starbucks descobriu que na maioria dos dias, seus funcionários tinham a Força de Vontade para sorrir e parecerem alegres, independente de como eles estivessem se sentindo. Mas quando eles passavam por situações estressantes – se um cliente começasse a gritar porque recebeu o café errado – eles poderiam perder a calma.

Como o Starbucks mudou essa atitude?

Baseado em pesquisas, os executivos entenderam que se os baristas estivessem mentalmente preparados parra situações desagradáveis e planejassem como lidar com elas, eles conseguiriam reunir suficiente Força de Vontade suficiente para seguir o plano – mesmo sob pressão.

Mesmo que os cientistas ainda não entendam completamente como esse processo mental funciona, é claro que as pessoas tem uma performance muito superior, e tem uma Força de Vontade muito maior, quando elas sentem que estão fazendo algo por decisão pessoal, porque entendem o objetivo do que se pede a elas.

CAPÍTULO 6: O PODER DA CRISE (Como Os Líderes Criam Hábitos Através do Acaso e da Intenção)

Todas as empresas agem por meio de hábitos que não são oficiais que surgem por meio dos funcionários dela ao longo do tempo. Esses hábitos, por causa da natureza humana, podem ser fatais.

No início do ano 2000, o Hospital de Rhode Island era considerado como uma das melhores instituições médicas dos Estados Unidos. No entanto, uma cultura tóxica se desenvolveu por meio de médicos arrogantes que distratavam enfermeiras e que rejeitavam suas sugestões.

Esta atitude levou a uma série erros médicos, mortes, multas e publicidade negativa. O hospital se tornou o alvo da imprensa local e nacional.

Era uma crise genuína.

Mas o novo Chief Quality Officer (responsável pela qualidade), viu isso como uma oportunidade. Ele aproveitou a situação para implementar muitas mudanças que tinham sido sugeridas, porém bloqueadas.

Câmeras foram instaladas nas salas de operação, checklists se tornaram obrigatórias para qualquer cirurgia, e um sistema de denuncia anônima foi implementado. Mudanças como essa, junto com o novo sistema de treinamento que enfatizava trabalho em equipe, deram poder aos enfermeiros para evitar acidentes operacionais. Essa estratégia mudou os hábitos do hospital.

O resultado foi que o hospital agora ostenta vários prêmios de prestígio pela atendimento de qualidade.

CAPÍTULO 7: COMO A TARGET SABE O QUE VOCÊ QUER ANTES QUE VOCÊ SAIBA (Quando as empresa preveem e manipulam hábitos)

Nos últimos 20 anos as empresas tem usado Big Data (uma grande quantidade de dados) para conseguir predizer os hábitos de consumo dos seus clientes.

Com que resultado?

Eles perceberam que a maioria das pessoas instintivamente viram a direita quando entram numa loja. Assim as empresas começaram a colocar os produtos mais caros à direita da entrada.

Outra coisa que eles entenderam foi que a maioria das decisões de compra são feitas no momento que o cliente vê o produto.

Contudo muitos outros hábitos são únicos de cada pessoa e situação.

Mesmo assim, as empresas descobriram um modo de usar o poder do hábito das pessoas e manipulá-las a comprar.

A empresa americana Target é mestre em usar os dados sobre os hábitos dos clientes para manipulá-los. Como eles tem milhões de clientes, a cada ano eles coletam milhares de terabytes em informações.

O sistema de análise de dados da Target é tão sofisticado que eles conseguem determinar se uma cliente deles está grávida, em que estágio da gravidez ela está e quando ela vai ter o bebê. Isso acontece porque os hábitos de compras delas mudam dependendo das suas necessidades.

Como eles ganham com isso?

Nesse caso por mandar cupons de desconto relacionados a gravidez. Desse modo elas são atraídas a Target.

Mas logo a Target percebeu que as pessoas as vezes não gostavam muito da sensação de estarem sendo espionadas. Então para disfarçar, no caso das mulheres grávidas, eles começaram a enviar cupons de desconto para itens relacionados a bebês misturados com outros cupons para coisas menos suspeitas, tipo cortadores de grama.

Outra coisa interessante que as empresas descobriram, é que os clientes vão comprar algo novo quando esse produto parecer com algo familiar.

Por exemplo, DJs em rádios podem garantir que uma música se torne popular por tocá-la entre duas músicas que já são hits. Dessa maneira eles facilitam a aceitação da nova música.

PARTE TRÊS: OS HÁBITOS DE SOCIEDADES

CAPÍTULO 8: A SADDLEBACK CHURCH E O BOICOTE AOS ÔNIBUS DE MOTGOMERY (Como Os Movimentos Acontecem)

Esse capítulo de O Poder do Hábito começa com a história da mulher negra chamada Rosa Parks que se recusou a dar seu lugar no ônibus para um homem branco em Montgomery, Alabama – Estados Unidos. Por isso ela foi presa e recebeu uma multa.

Os eventos que se seguiram fizeram dela uma heroína dos direitos civis americanos.

Interessante é que o caso dela não foi nem o único, nem o primeiro. Muitos outros já tinham sido presos pela mesma razão.

Então por que a prisão de Rosa Parks deu início a um boicote aos ônibus que durou mais de um ano?

Rosa estava profundamente envolvida com a sua comunidade. Ela fazia parde de vários grupos religiosos, sociais, de caridade, e de hobby que normalmente nunca entravam em contato um com o outro. Esses laços fortes de amizade rapidamente a tiraram da cadeia e espalharam a notícia de que ela tinha sido presa. Antes do final da semana o boicote aos ônibus já tinha sido organizado.

Mas só seus amigos não poderiam ter sustentado um boicote por tanto tempo.

O caso era que ela tinha, como os sociólogos chamam, laços fracos – ou seja, conhecidos. É por meio desses conhecidos que a pressão social é exercida. Quando os amigos de uma pessoa e os seus conhecidos apoiam um movimento, é difícil de sair.

Eventualmente compromisso com o boicote começou a se espalhar pela comunidade negra, enquanto os políticos, por outro lado, começaram a criar regras para dificultar o sistema de caronas e tornar a vida sem ônibus difícil. Foi aí que o último componente do movimento foi adicionado:

Um discurso do Dr. Martin Luther King defendendo um protesto sem violência e pedindo aos participantes para perdoar os seus opressores.

Assim o boicote se tornou um novo hábito social que se espalhou entre outros hábitos de protestos pacíficos, dando início movimento de direitos civis que levaram ao Civil Rights Act de 1964.

CAPÍTULO 9: NEUROLOGIA DO LIVRE-ARBÍTRIO (Somos Responsáveis Pelos Nossos Hábitos?)

Certa noite em 2008, Brian Thomas estrangulou sua esposa até a morte.

Atormentado, ele prontamente se entregou à polícia e foi processado por assassinato.

Sua defesa?

Ele tinha experienciado o terror do sono, como um sonâmbulo, se mexendo fisicamente por causa de um pesadelo:

Thomas achou que estava estrangulando um bandido que estava atacando sua esposa.

No tribunal, a defesa argumentou que quando Thomas achou que alguém estava machucando sua esposa, ele acionou uma resposta automática, neste caso, para protegê-la. Em outras palavras, ele acionou um hábito.

Por volta dessa época, Angie Bachman foi processada pelo cassino Harrah por meio milhão em dívidas em apostas. Isso foi depois de ela já ter apostado sua casa e meio milhão de dólares em herança.

No tribunal, Bachman alegou que ele estava meramente seguindo um hábito:

Apostar a fazia sentir-se bem.

Então quando o cassino começou a enviá-la ofertas tentadoras, ela não conseguiu resistir.

Em 2010, um neurocientista descobriu algo fascinante enquanto ele comparava imagens do cérebro de apostadores patológicos (viciados) com os apostadores sociais. Quando eles assistiam vídeos de caça niqueis, havia uma diferença crucial na mente dos apostadores patológicos quando a máquina mostrava uma combinação vencedora.

Mas interessante ainda é que apostadores sociais registravam a diferença entre quase perdas e perdas, enquanto os apostadores patológicos entendiam esses como vitórias.

Como assim?

Esta diferença está na sequência (loop) do hábito. Depois da deixa de uma quase perda, a mente do apostador patológico provê para ele uma recompensa, criando a sequência que leva a mais apostas. A mesma deixa na mente do apostador social leva a uma recompensa somente quando ele, ou ela, para de apostar e para de perder dinheiro.

Essa pequena diferença na sequência de hábitos é responsável por toda a lucratividade da indústria de apostas – e a ruína de muitas vidas.

No final, Thomas foi absolvido e muitos sentiam simpatia por ele. Bachman, por outro lado, perdeu o caso, e foi sofreu humilhação pública.

Porque um foi absolvido e o outro culpado?

Muito simples:

Quando você se torna consciente de um hábito prejudicial, é sua responsabilidade tomar uma atitude e mudá-lo.

Para isso, você tem que se aproveitar do poder do hábito.

O Poder do Hábito (Charles Duhigg)
Charles Duhigg
Psicologia Cognitiva, Comportamental; Desenvolvimento Pessoal E Profissional
408 páginas
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